sábado, 29 de setembro de 2007

Trenzinho de Villa Lobos e o Tomaz

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Tomaz tinha 03 ou 04  anos na época. Foi com seu pai   assistir uma peça INFANTIL de teatro - O TRENZINHO  DE VILLA LOBOS - no final da apresentação as pessoas estavam levantando para saida   - Tomaz continuava sentado em estado de espanto e decepção - O pai disse a ele que ja havia terminado a peça  e precisavam ir embora, o garoto que continuava sentado perguntou a pai - "Papai que hola que o tenzinho vai vilá lobo "

Tomaz beijo do seu tio que te amo muito .

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

para meu amor

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.. sinto seu querer, urgente e sem fronteiras... dor que não passa... água que não esfria. Estou aqui. O tempo  me presenteou com a paciencia do encontro. O momento é pleno de inocência e tesão. Te adoro meu amor

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Amor mais que discreto

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Amor mais que discreto


Caetano: “Não sei se é certo a pessoa ser gay ou não. Só sei que é uma possibilidade”

Letra da música inédita “Amor mais que discreto”, de Caetano Veloso, que fala sobre o amor entre um homem mais velho e outro mais novo, que está em seu mais novo CD “Multishow ao vivo - Cê”. Em entrevista coletiva realizada ontem, Caetano confessou que, em seus shows, ninguém entende que a letra é gay. Será que as pessoas não entendem ou preferem não entender?

AMOR MAIS QUE DISCRETO



Talvez haja entre nós o mais total interdito
Mas você é bonito o bastante
Complexo o bastante
Bom o bastante
Pra tornar-se ao menos por um instante
O amante do amante
Que antes de te conhecer
Eu não cheguei a ser

Eu sou um velho
Mas somos dois meninos
Nossos destinos são mutuamente interessantes
Um instante, alguns instantes
O grande espelho
E aí a minha vida ia fazer mais sentido
E a sua talvez mais que a minha,
Talvez bem mais que a minha
Os livros, filmes, filhos ganhariam colorido
Se um dia afinal
eu chegasse a ver que você vinha
E isso é tanto que pinta no meu canto
Mas pode dispensar a fantasia
O sonho em branco e preto
Amor mais que discreto
Que é já uma alegria
Até mesmo sem ter o seu passado, seu tempo
O seu antes, seu agora, seu depois
Sem ser remotamente
Sequer imaginado
Por qualquer de nós dois

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

A companhia

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A companhia



Como pode ..
A distância fracassou,
o amor sustentou o querer e
fez-se presente.
O momento eternizou..
O frio sumiu ... o deleite dormiu cansado.
Abrir os olhos. A solidão molhada.
Acordei com você.

domingo, 9 de setembro de 2007

O Nascimento de um novo estado brasileiro

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Homens atiram contra trem com ministros
“O incidente ocorreu na manhã desta segunda 10/09/07, na favela do Jacarezinho, na zona norte da capital fluminense, quando as autoridades inspecionavam as obras de revitalização do acesso ferroviário à zona portuária”. (Estavam no trem os ministros dos Portos, Pedro Brito, e das Cidades, Márcio Fortes, e o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes.)
(fonte. Notícias Terra).
Comentário do Blog
Uma historia de séculos atrás
Segundo IBGE existem 513 favelas na região metropolitana do Rio de Janeiro, quantidade que no Brasil só perde para São Paulo capital com 612.
Antropólogos cariocas afirmam que o aparecimento das favelas deu inicio com a volta da melícia que lutara na Guerra de Canudos no final do século XIX, para o Rio de Janeiro. Estavam à espera do pagamento do governo pelo soldo que nunca chegou. Sem casa para moradia sem alimentação, em estado de miséria, passaram a construir choças com material que dispunha no ambiente, matavam a fome comendo favas, semente leguminosa que trouxeram em suas bagagens do nordeste, que eram plantadas ao redor dos barracos daí se deu o nome favela.
Outros garantem que o inicio se deu após a abolição dos escravos, os negros libertos se embrenhavam nos morros e sobreviviam em condições de miséria e abandono social.
Daquela data até os dias atuais, o contexto favela passou por variadas nuanças, época romântica do Samba do Morro, dos malandros e das cabrochas e os descendentes dos soldados de canudos ou dos negros libertados, agora somados aos dissidentes da miséria nordestina, ainda esperavam a indenização concernente à reparabilidade pelos danos provocados pela indiferença e a perversidade da historia.
A espera foi ignorada e somada a colossal gama de problemas sociais nutridos pela ingerência política no decorrer dos anos, ao fator globalização e deste o convite ao consumismo desenfreado, a oferta publicitária dos bens de consumo que delimitam e marginalizam entre os que possuem e os que não possuem.
Nossa geração presenciou o fenômeno do big-ben social – A instalação clara da geração de um ESTADO NOVO, brasileiro e paralelo – O estado do Morro oriundo dos gritos das favelas, – Suas leis são duras, suas normas de conduta, seu código penal, não são fundamentados em nada do que nós conhecíamos, acreditávamos, concebíamos como legal, moral ou probo, mas para quem agora dita as regras do jogo, são praticamente corretas e solidárias ao que os fizeram acreditar - O poder Financeiro – aquele que compra fuzis armas modernas, carros bacanas, contas no exterior, drogas, palacetes, viagens e todos os balangandans ditados pelo furor do consumismo da moda, isso financiado com fundos na própria sociedade que historicamente sempre os ignoraram, mas que agora os temem pelos atos perversos, atrozes e cruéis que utilizam para essa conquista.
Poder Financeiro que mata ou compra os próprios senhores fazedores de leis e promovedores  da paz do ESTADO ANTIGO; Poder herdado por tudo que não foi investido, por tudo que foi desviado e dado de comer e gozar aos homens do poder social e político.
E nós cidadãos probos do estado antigo, como vamos adequar ao Estado Novo.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

art decô e Tamara de Lempicka







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Art Decô (Arte decorativa)
Sucessor do Art Nouveau (Arte Nova), o Art Decô é considerado o mais popular de todos os estilos.
O Art Decô manifestou-se sem limites em todo o mundo.
Nos anos 20, nos Estados Unidos, o Art Decô conviveu com o jazz, com o Charleston, com Fitzgerald, com o crack da bolsa de New York.
Na França, estilistas escandalizaram a França e a Europa encurtando as saias acima do joelho.
Na Alemanha o Art Decô foi levado às ultimas conseqüências torno-se o estilo que os designers alemães queriam para massificar e popularizar o desenho industrial.
Marcado por duas grandes guerras, 1914 – 1918 e 1939 - 1945, no meio desta ebulição de inspiração e arte, encontramos a artista plástica Tâmara de Lempicka. Figura musa do decô.
Vamos ser pertinentes com este Blog... Ela foi um anjo torto no Art Decô.

Tamara de Lempicka
Nasceu em 1898 na Polônia. Casou-se com um milionário russo. Em 1918 foge da Revolução Bolchevique para Paris, onde Maria Gurwik-Górska encontraria seu verdadeiro destino. Adota um novo nome – 'Tamara de Lempicka', tornando-se discípula do pós-impressionista Maurice Denis e do neocubista André Lhote. Do primeiro, herdará o colorido brilhante e sólido; do segundo, o desenho geométrico e a maneira de decompor os volumes.
Se tornou rapidamente personagem do circuito das artes dos 'années folles' da Paris nos anos 20, retratando a vida mundana e membros da nobreza.
Em 1925 já era famosa por seus casos extraconjugais, liberdade sexual, bissexualidade e pelo sucesso de suas exposições individuais.
Em 1939 mudou-se para os Estados Unidos.
Bela, emancipada, moderna e escandalosa, personagem das noitadas nova-iorquinas e dos salões parisienses de Arte, Tamara de Lempicka encarnou a 'folia' dos 'anos loucos' – as décadas de 20 e 30 do século passado. Poderia notar em sua companhia celebridades como Greta Garbo, Picasso e outros da época. Eram esplendores que camuflavam o abuso de cocaína, a depressão, as dificuldades nas relações familiares e, por fim, a solidão.
Em 1962, para de pintar, em 1978 muda-se para Cuernavaca, no México, aonde viria a falecer, em 1980.
Conforme expresso em seu testamento, suas cinzas foram dispersas, pela filha Kizette e o Conde Giovanni Agusta, sobre o vulcão Popocatepetl.

O Art Decô teve seu revival, voltou a ser moda nos anos 70 e 80.


Uma coisa me surpreende, a maioria dos artistas mais conhecidos, poderíamos mencionar vários, com raras exceções, viveram na miséria mal conseguiam vender suas obras... morreram doentes, alcoólatras, viciados, loucos e na miséria em que sempre viveram.
Tamara de Lempicka nasceu na riqueza, viveu na nobreza, foi bem sucedida, vivia rodeada por ricos e celebridades da época, teve todos os homens e mulheres que desejou.
Morreu solitária, depressiva e desejou que suas cinzas foram colocadas em um vulcão mexicano.
Imagino que o desejo esteja ligado ao fato de que os vulcões são indomáveis e são veículos de renovação da terra do planeta.
Apesar da situação paradoxal, vejo um sentimento comum entre aqueles ... desde Michelangelo, Van Gogh, Alejadinho e poderíamos pensar em cazuza, Torquato Neto e tantos outros que povoaram esse planeta, a insatisfação da criação .. Sempre procurando a criatividade maior, a Monalisa de cada um.
Será que por esse motivo foram geniais. Procuravam o prazer desenfreado como quem procura saturar o desejo de serem plenos.
Muitos se perderam na busca atroz de encontrar a perfeição absoluta e o estado de sublimação de seres humanos. E nós o que procuramos, acho que jamais serei um artista... me satisfaço com o simples fato de ser.

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terça-feira, 4 de setembro de 2007

Medo




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 (Con)viver com palavras não é fácil, principalmente se a nossa necessidade de palavras for uma ânsia. Às vezes fica difícil saber se habitamos as palavras ou se são elas que nos habitam. Esse atrito cruel entre presença e fuga, controle e descontrole, compreensão e incompreensão. Mas o melhor de tudo é que, por mais que doa, e dói muito, a coisa toda é muito prazerosa. Penso que escrever é nos atrevermos, corajosamente, à arqueologia do espelho.

Hoje entendo claramente o meu medo. Simplesmente medo, aversão às imperfeições do espelho, de confrontar com a lucidez cristalina da materialidade da palavra a obscuridade da intimidade mais funda aflorada na trama da nossa escrita, do nosso texto. Quando escrevemos nos tornamos um prato cheio para a voracidade do bom leitor, aquele que lê nas entrelinhas, nos silêncios, nos não-ditos, na intenção que se entortou no meio do caminho e contornou a pedra, a nossa fragilidade toda à flor da palavra que mais confirma quanto mais se nega...

A hora e a vez do anjo torto

A hora e a vez do anjo torto



O poeta Torquato Neto será o grande homenageado da 5ª edição do Salipi - Salão do Livro do Piauí -, que acontece no período de 4 a 9 de junho. Para o idelizador do evento e um dos organizadores Cineas Santos, em vida, Torquato Neto "foi incômodo como um espinho fincado na carne ou, para ser mais preciso, "escorpião encravado na sua própria ferida". Iconoclasta, irreverente, provocador e, acima de tudo genial, viveu apenas o bastante para "desafinar o coro dos contentes"". Ainda de acordo com Cineas, "a passagem de Torquato Neto pela cultura brasileira foi rápida e fulgurante como a de um cometa. Desapareceu no breu da noite, deixando um rastro de luz que ainda hoje nos atordoa. Carece dizer mais?".

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

06 anos sem Milton Santos

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Milton Santos: nascido no sertão bahiano, , formado em direito, Geógrafo doutorado na França, professor da USP , escritor e intelectual. Faz 6 anos que faleceu o professor Milton Santos, em 24 de agosto de 2001. Há 09 anos deu uma entrevista a Revista CAROS AMIGOS, resgatei alguns trechos da entrevista que provavelmente nos trará saudade da genialidade do professor Milton e para aqueles que não conheceram seu pensamento a certeza da perda de uma personalidade impar e brasileira.
Depoimento dos entrevistadores:
“A placidez, a serenidade, a fala lenta e pausada, os gestos naturais, os silêncios, o sorriso permanente, a risada aberta e gostosa, tudo nele irradia humanidade. Estar a seu lado traz a segurança de estar perto da sabedoria.”
Frases do entrevistado:

“ ... a solidariedade, não existe mais no Brasil.  A forma como se trata os aposentados – há um contrato da nação que cada pessoa cumpriu a vida inteira, e no fim dizem a ela: “Esse contrato não vale mais”. E isso é aceito! Então os diversos capítulos do que seria a solidariedade são bafoués, largados, e uma parte da sociedade aceita como normal porque estamos “no caminho da modernidade, para ser primeiro mundo”.”

Sobre o MST:
“Primeiro vejo como esse grito que a maior parte de nós não pode dar, não quer dar, que não nos convém dar. E creio que esse fim de século é dos paradoxos. Paradoxo é a contradição em estado puro, não é? Então, ao mesmo tempo em que o MST é criticado, ele é apreciado, pelo que contam as pesquisas.”
“... dizem-nos que o direito é para ser obedecido, quando na realidade ele é para ser discutido, pois o direito é o resultado de um equilíbrio provisório que se cristaliza – mas a sociedade continua dinâmica, então não se pode imaginar o direito assim imóvel como o querem. “
A política é feita pelas grandes empresas. Os políticos não fazem política, o aparelho de Estado não faz política, são porta-vozes. O povo faz política, os pobres é que fazem política . Porque conversam , porque conversando eles defrontam o mundo, e buscam enfrentar o mundo. E agem, quando podem, em função do mundo. Creio que essa é a questão do MST.”
“...é a ditadura da informação, e informação criadora de mitos e de símbolos que são a base da globalização...
O movimento da sociedade desprende o mito, desprende o símbolo. Tanto que os outdoors são mudados com o propósito de recriar a propaganda eficaz.
Então há um limite à vida dessas ideologias, e será que esse limite está chegando? Qual é o limite do Real? Qual é o limite, por exemplo, do cálculo da inflação?
A classe média vive do crédito. Ela deve, todos devem. Todos devemos. A gente paga. O custo do dinheiro é o custo da inflação oficial?
Outra coisa, a cesta básica. Vivem falando dela. Mas e os desejos? Sou chamado a ter mais desejos, pela publicidade incessante. Mais coisas foram criadas para me serem oferecidas . e a cesta básica fica imóvel. O resto não. Então, haveria que produzir outros discursos para apressar o limite da saturação do sistema ideológico que está por trás da globalização e do sucesso dos governos globalitários. Só que os partidos partem da análise dos economistas.”
NOTA:

Estreou dia 17 de agosto o documentário do cineasta Silvio Tendler, En

domingo, 2 de setembro de 2007

orhan pamuk



categorias: literatura, cotidiano




Atualmente estou lendo o livro de O. Pamuk, escritor Turco e premio Nobel em 2006. - NEVE
Neve conta a história do poeta e jornalista Ka, um exilado político que vive na Alemanha, mas que volta para sua cidade natal na Turquia, chamada, vejam só: Kars (que significa Neve, em Turco).
Ka pretende escrever uma matéria sobre Kars para um popular jornal da Alemanha e também investigar o estranho aumento repentino de suicídios entre as jovens da cidade. Durante a viagem, ele lembra de uma antiga colega chamada Ïpek, uma moça divinamente bela, pela qual ele se apaixona em um piscar de olhos.
O conflito político e religioso é intenso e envolvente, ao mesmo tempo que mistura o romance entre Ïpek e Ka, impregnado com os valores quase exóticos da cultura oriental.
As duas facções principais são os islamitas radicais e os chamados secularistas (ou ateus), que inclusive estão disputando as eleições na cidade. A principal escola - a Escola Secundária - proíbe as moças de entrarem vestindo seus mantos, que são uma marca bem forte de sua religião. É a partir daí que se iniciam as especulações de Ka, que tenta entrevistar familiares das suicídas, apesar de não ter muito sucesso.
Fato interessante é que apesar de o livro tratar da religião islamita — na qual Deus se chama, na verdade, Alá — esse nome não aparece sequer uma vez no romance e também pouquíssimas vezes o nome do profeta Maomé é citado. Isso me levou a pensar se não foi um caso de censura da tradução — que partiu do Turco para o inglês e daí para as demais línguas. Será?
Gostaria de comentar com alguém que ja leu o livro.
Ferit Orhan Pamuk (Istambul, 7 de junho de 1952) é um escritor turco.
Nascido no seio de uma família rica de Istambul, estudou no estrangeiro Engenharia, Arquitetura e Jornalismo. Todavia, preferiu dedicar-se à Literatura, a partir de 1974.
O projecto teve continuidade até hoje e é tido como o maior romancista turco da atualidade, com obras traduzidas em mais de trinta idiomas.
Tornou-se polémico ao acusar, num artigo de um jornal suíço, por si escrito, seu país de ter cometido genocídio contra o povo armênio, aquando da decorrência da Primeira Guerra Mundial e o assassinato de 30 mil curdos, a posteriori. O caso foi levado à justiça turca, e Pamuk teve mesmo que prestar declarações em tribunal. Este caso teve polémica internacional e o romancista tornou-se conhecido um pouco por todo o mundo

porque anjo torto


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Poema de Sete Faces
Carlos Drumond de Andrade

Quando nasci, um anjo torto


desses que vivem na sombra


disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.


As casas espiam os homens


que correm atrás de mulheres.


A tarde talvez fosse azul,


não houvesse tantos desejos.


O bonde passa cheio de pernas:


pernas brancas pretas amarelas.


Para que tanta perna, meu Deus,


pergunta meu coração.


Porém meus olhos


não perguntam nada.


O homem atrás do bigode


é sério, simples e forte.


Quase não conversa.


Tem poucos, raros amigos


o homem atrás dos óculos e do bigode.


Meu Deus, por que me abandonaste


se sabias que eu não era Deus,


se sabias que eu era fraco.


Mundo mundo vasto mundo


se eu me chamasse Raimundo


seria uma rima, não seria uma solução.


Mundo mundo vasto mundo,


mais vasto é meu coração.


Eu não devia te dizer


mas essa lua


mas esse conhaque


botam a gente comovido como o diabo.


Após a morte de T. Neto o cineasta Ivan Cardoso produziu o documentário - Torquato Neto, o Anjo Torto da Tropicália -


Pensando no poema de Carlos D. de Andrade penso, qual a ligação dado pelo cineasta ao poeta de Teresina e o poema do Mineiro?



Porque Torquato Neto


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Torquato Pereira de Araújo Neto, nasceu em Teresina PI em 09/11/44, Foi morar no Rio de Janeiro, foi jornalista, compositor, cantor e mentor do movimento Tropicalista juntamente com os baianos Caetano Veloso, Maria Betania, Gal Costa e outros.
Em 10/11 de 1972, o Brasil perdia essa personalidade, confusa, polêmica e extremamente genial. Torquato Neto morreu ao completar 28 anos.
Sua alma não cabia mais dentro do seu corpo.
Abaixo um dos trabalhos mais belos do poeta que agora compartilho com meus amigos.
Cogito
(Torquato Neto)

eu sou como eu sou
pronome
pessoal intransferível
do homem que iniciei
na medida do impossível

eu sou como eu sou
agora
sem grandes segredos dantes
sem novos secretos dentes
nesta hora

eu sou como eu sou
presente
desferrolhado indecente
feito um pedaço de mim

eu sou como eu sou
vidente
e vivo tranqüilamente
todas as horas do fim.