ela chega a tarde,
espreita a noite.
nada de foice
traz um saco de saudade.
muitas vezes o alivio vem ao seu encontro
outras
vem surfando despreocupada na onda gigante ou
escondida no umbigo do homem lunático,
nestas horas trabalha incansável com o sedeiro.
extermina o coxo, o filho o avô
não tem medo do escuro
se deleita na manhã de sol
chega de mansinho pega o menino no colo
dá-lhe um beijo na fronte.
leva o gado do moço
bebe o café e fuma.
cria o caranguejo que mata.
sai do meu pé sua vagaba
pula do trem
vai fazer amigo no planalto ou na casa branca
pega sem compromisso.
tira o gorro, mostra a cara, joga arma fora,
veste roupa amarela e
deixa o menino em paz.
Olá. Passei por aqui e gostei muito do que vi. Tô colocando no favorito de meu blog e volto pra olhar tudo direitinho. Tá mto bom. Parabéns!
ResponderExcluirAdorei... muito bom... adoro tratar a morte como amiga.
ResponderExcluirgostei disso:
extermina o coxo, o filho o avô
não tem medo do escuro
se deleita na manhã de sol
chega de mansinho pega o menino no colo
dá-lhe um beijo na fronte.
Andre Jerico
e no final, por ironia ou não, eu suspirei.... profundamente.
ResponderExcluirMuito bom!
beijos.