Dor mental, respiração ofegante, perda do apetite, não só aquele de comer comida, são sintomas característicos do mês de dezembro, afinal há meio século convivo com esse anão que senta em meu peito.
Lembrei-me de uma metáfora de Rubens Alves digna de um sábio, sempre traduzindo o que gostaríamos de dizer.
“A celebração de mais um ano de vida é a celebração de um desfazer, um tempo que deixou de ser, não mais existe. Fósforo que foi riscado. Nunca mais acenderá. Daí a profunda sabedoria do ritual de soprar as velas em festa de aniversário. Se uma vela acesa é símbolo de vida, uma vez apagada ela se torna símbolo de morte.”
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