Antínoo
Atínoo-M. do louvre
por Marguerite Yourcenar uma obra de literatura-arte dos anos 50, por Adriano, imperador romano, o mais amado, a tal ponto que o transformaria em um deus, referenciado pela humanidade até os dias de hoje.
pelo próprio Antínoo, a total doação.
por Édouard-Henri Avril, a inspiração erótica.
por Fernando Pessoa, a poesia.
por Roma, a alavanca para o progresso das artes, arquitetura, das leis e do imperio.
Para constatar a genialidade da obra de Yourcenar, em Memórias de Adriano,um misto de pesquisa histórica romanceada, ficção e realidade, somos convidados a viajar pela vida da autoraMarguerite, sobrevivente de uma paixão impossível por um homem que gostava de outro homem (1936), encontrou e amou Grace Frick(1937), americana, na casa de quem já havia passado um longo inverno. Instala-se em companhia de Grace Frick na solidão da ilha de Montes-Desertos (Maine-EUA), torna-se cidadã americana em 1947. Começa a escrever o romance Memórias de Adriano em 1949 e o termina em 1951, no livro “Ela evoca um homem que constrói sua felicidade “como uma obra-prima”, mas que a paixão pelo belo Antínoo (ou Antínous) e a dor de sua perda vão transformar numa vertigem de imortalidade a glória do ser amado.”A questão é: A obra retrata o momento da autora, inspirada pelos acontecimentos de sua própria vida amorosa, ela se auto-exilou com sua amada Grace em uma ilha americana, como se protegesse a relação dos olhos maliciosos e do preconceito do resto da humanidade, na obra, ela foca Roma de Adriano, que foi antecedido por vários imperadores conhecidos pelas urgias e erotismo que compunham suas vidas amorosas, relata com quase inocência,com total sensibilidade e categoria literária, o amor homossexual de Adriano eAntínoo. O livro nos traz o otimismo de Adriano em administrar o império como um filósofo grego, proporciona a evolução das leis que passaram a dar direitos às mulheres e amenizava o tratamento do séqüito de escravos palacianos, era adepto a paz e a conversação com os adversários, fundamentou o sistema educacional para os romanos, era adepto das artes e de inovações arquitetônicas. Toda a sensibilidade que Adriano utilizou para a evolução administrativa do império foi como uma reverência ao amor que vivenciou a cada momento da historia, sem se incomodar com as intrigas da corte e tem o desfecho final a relação com Antínoo, o mais amado de todos e a desgraça que gerou sua morte.
Adriano para presidente! Marguerite para ministra da cultura! E Alan... Ora, Alan para Anjo Torto!
ResponderExcluirAbração, rapaz!