A mata pariu no meio do seio vermelho
iluminado dia de outubro que trouxe para mim ?
foi a brisa que caiu da árvore molhada de rio
verteu para o meu peito temperado de rosa
veio com os pés quentes de menino dourado
aqueceu minha nuca gelada
de neve da solidão
mexeu com meu sangue
ardeu o meu sexo
regou minha vida
fez-se verde
terça-feira, 17 de junho de 2008
Verde
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Quando me encara com essa boca
fico azul amarelado
me acompanha por entre a multidão
e eu só solidão
escoro na parede molhada
encurto o caminho da volta
vou desvirtuando a noite
por entre as gargalhadas da rua
chuto o cão e viro a lata
dou graças e te perdôo
mais uma vez.
Queria a tua distância
que me violenta e me castra
da felicidade
do encanto
de ter sua boca
que me encara e não suplica.
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