Quando me encara com essa boca
fico azul amarelado
me acompanha por entre a multidão
e eu só solidão
escoro na parede molhada
encurto o caminho da volta
vou desvirtuando a noite
por entre as gargalhadas da rua
chuto o cão e viro a lata
dou graças e te perdôo
mais uma vez.
Queria a tua distância
que me violenta e me castra
da felicidade
do encanto
de ter sua boca
que me encara e não suplica.
"sua boca / que me encara e não suplica."
ResponderExcluirLindos versos Alan, de paixão inesgotável.
Grande abraço!