sábado, 31 de dezembro de 2011
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Olhos da intolerância
Enquanto a pátria amada era manchada pelo sangue de jovens sonhadores, e violentada pelas botas e boinas verde-olivas. Eu..., completamente ignorante aos acontecimentos políticos, tinha que me safar da batalha diária que era viver a infância/adolescência, freqüentar uma escola escancaradamente homofóbica, conviver com colegas de inteligência medíocre, fabricados por valores humanos horríveis, salvo pouquíssimas exceções, e também coexistir com uma família completamente despreparada e alheia a todos os acontecimentos.
E eis que debaixo de salvas delirantes surge a democracia, e o Estado de Direito.
Hoje a situação da intolerância nesta triste cidade do sudeste mineiro, tanto pelos homossexuais quanto racial, sobrevive e é desculpável proporcionalmente ao poder econômico do sujeito; velada em parcela da sociedade ; “sub-aceita” em certas ocasiões, aquelas onde há necessidade profissional de um gay, mas, os mesmos que aceitam jamais aceitariam um filho ou parente próximo “pretinho ou veadinho”.
Não posso deixar de dizer que tudo isso passou a ser divertido para mim e que nem todos cidadãos desta comunidade são representantes desta situação, mas uma grande maioria sim.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Os Maias e EU
Os Maias apontam 2012 como o fim de um ciclo na Terra. Os maias acreditavam que a nossa Galáxia segue um ciclo imutável, o que pode e deve ser mudado é a consciência da humanidade rumo à evolução. Mas essa transformação só ocorrerá para quem assim o desejar, será algo pessoal.
Os maias não falam em fim do mundo, mas em um processo de transformação em que o espírito ganhará em sua jornada de evolução a esferas mais altas.
Alguma verdade existe na profecia maia, isto é óbvio. As mudanças foram algo tatuado na nossa carne a preço de muita dor, acredito que a transformação não se caracteriza apenas pela previsão lida na posição das estrelas, é conquista diária do ser mediante a dor.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Acabou o tempo das máscaras
domingo, 18 de dezembro de 2011
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
domingo, 11 de dezembro de 2011
OLHO GORDO
1. Muitas pessoas costumam usar amuletos para evitar as energias negativas.. Embora muitos não acreditem em sua eficiência, na verdade esses objetos são receptores de energias desarmoniosas, abosorvendo-as e neutralizando-as. Mas são de pouca valia caso a pessoa que a porta esteja vibrando no mal ou com baixa auto estima.
3. Outra boa dica é o uso de visualização criativa e do mentalismo. Imagine-se involto em luz dourada, que o torna invulnerável às investidas do invejoso. Aproveite também para mandar um pouco de luz para ele, afinal a generosidade é uma energia que nos protege. Faça o mesmo com sua casa, animais e objetos de valor. O azul é outra cor muito boa para a proteção: a cor do arcanjo Miguel.
5. Outro aspecto importante é a naturalidade. Nada de esconder o carro novo, a promoção merecida e muito menos os seus dons pessoais, nunca use de falsa modéstica, assuma com firmeza e merecimento as suas riquezas. Por outro lado, também não caia no outro extremo, saindo por aí exibindo-se e atiçando a inveja dos outros. Repito: a naturalidade aliada à segurança do senso de merecimento nos protegem da inveja alheia.
Texto de Profª de Bioenergias Vera Caballero
É jornalista, terapêuta holística,
sábado, 10 de dezembro de 2011
Adeus Zora
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
onde vou passar o reveillon?
Tristeza Materna
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Coco Chanel, o Nazismo e o Pretinho Básico
- “Moda é arquitectura: é uma questão de proporções.”
- “Uma mulher possui a idade que merece.”
- “Quem não gosta de estar consigo mesmo em geral está certo.”
- “Não há tempo para a monotonia do previsível. Há tempo para o trabalho. E tempo para o amor. Isso nos toma todo o tempo.”
- “Já que tudo está na nossa cabeça, é melhor a gente não perdê-la.”
- “Meus amigos, não tenho amigos.”
- “A lenda é a consagração da celebridade.”
- “Onde uma mulher deve usar perfume?” – perguntou-me uma moça. ‘Onde ela quiser ser beijada’, eu respondi.”
- “O luxo precisa ser confortável, senão não é luxo.”
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
domingo, 4 de dezembro de 2011
Ciúme
O Ciúme
Caetano Veloso
senhores da noite
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Chegou o cão terapêutico
Era uma manhã fria de julho, pontualmente as 06h45min a auxiliar de serviços gerais do Centro de Atenção Psicossocial-CAPS de Monte Santo de Minas registrava o ponto de entrada, naquele dia ouvia um barulho diferente dos outros dias, era uma mistura de choro e uivo, vistoriou toda área interna e externa da unidade a procura do som. Inusitadamente encontrou um bolo de jornal amassado no meio do canteiro de verduras, e dentro todo embrulhado surgia um cãozinho de cor preta e amarela, lutando para sobreviver à queda que sofreu ao ser jogado do lado de fora para dentro do alambrado. Imagino que o filhote de vira-lata deveria ter alguns dias de vida, sugava o dedo da funcionaria a procura de leite materno.
Daquele dia o cãozinho foi batizado pelo nome de “Berilo” ninguém sabe o motivo, talvez por ser nome de um metal raro. Os pacientes habituados a freqüência intensiva do CAPS, logo que chegavam encantavam com o novo e frágil hóspede. Deste momento em diante funcionários, profissionais especialistas e pacientes revezavam os cuidados, para salvar o bichinho, ele era alimentado a toda a hora, com uma mistura de leite e água, em um vidro de refrigerante adaptado como mamadeira.
Os primeiros passos cambaleantes e desajeitados do Berilo foram festejados pelo pacientes portadores de transtorno mental do CAPS, a sobrevivência do cãozinho foi uma vitória conquistada por ele próprio e pela ajuda de todos.
Berilo passou a ser apadrinhado e cuidado inclusive final de semana feriados, dias estes que a unidade não é aberta ao público.
Berilo passou a ser chamado de “O cão terapêutico”, devido à união que ocasionou na equipe multiprofissional e aos pacientes que neste momento passaram a ter um incentivo a mais para freqüentarem a unidade de saúde mental.
Berilo atualmente está no CAPS como guardião do prédio durante a noite e como cão terapeuta durante o dia, se sente tão a vontade e amado neste local, que trouxe a namorada (uma vira-lata de rua que atende pelo nome de Lara) para compartilhar com ele a empreitada de serviço diário.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Síndrome de Burnout
A paciente H foi atendida no CAPS com quadro de depressão, stress e idéias de auto-extermínio, baixo autoestima, crise repentina de choro, irritabilidade exacerbada – Hipótese diagnóstica Síndrome de Burnout.
Faxineira, compulsiva com a limpeza do ambiente de trabalho, acha que somente o seu trabalho é perfeito, age com cinismo quando fala dos companheiros de trabalho. Apresenta insônia, ansiedade e relata estar sobrecarregada com responsabilidades familiares, sic (assumo problemas de todos, marido, filhos e mãe idosa, no trabalho só eu faço o serviço que precisa ser feito, deixo um pedaço de papel em lugar estratégico para ver no outro dia se a outra faxineira limpou aquele local, ela nunca limpa).
H tentou furar os olhos com uma tesoura, porém não teve coragem, cortou os próprios cabelos de forma violenta e desarmônica. Sic (queria furar os olhos para não ver ninguém, queria não enxergar mais, para não ter o que fazer mais nada).
O fato querer furar os olhos e cortar o cabelo nos traz a idéia de ela querer mudar seus hábitos, descansar da perfeição autodeterminada, não assumir a posição de administradora familiar nem do excesso de zelo no trabalho.
O termo síndrome de Burnout resultou da junção de burn (queima) e out (exterior), caracterizando um tipo de estresse ocupacional, durante o qual a pessoa consome-se física e emocionalmente, resultando em exaustão e em um comportamento agressivo e irritadiço. “Boa parte dos sintomas também é comum em casos de estresse convencional, mas com o acréscimo da desumanização, que se mostra por atitudes negativas e grosseiras em relação às pessoas atendidas no ambiente profissional e que por vezes se estende também aos colegas, amigos e familiares”
Parte dos pacientes que o procuram atendimento médico com depressão são diagnosticados com a síndrome do esgotamento profissional, um tipo de estresse ocupacional e institucional com predileção para profissionais que mantêm uma relação constante e direta com outras pessoas, principalmente quando esta atividade é considerada de ajuda (profissionais da saúde, professores e outros).
O transtorno está registrado no Grupo V da CID-10.
Sintomas:
O sintoma típico da síndrome de burnout é a sensação de esgotamento físico e emocional que se reflete em atitudes negativas, como ausências no trabalho, agressividade, isolamento, mudanças bruscas de humor, irritabilidade, dificuldade de concentração, lapsos de memória, ansiedade, depressão, pessimismo, baixa autoestima.
Dor de cabeça, enxaqueca, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares, insônia, crises de asma, distúrbios gastrintestinais são manifestações físicas que podem estar associadas à síndrome.
Observação:
No CAPS em um ano foram atendidos três motoristas de ambulância, duas servidoras de serviços gerais, uma Agente Comunitária de Saúde do quadro funcional municipal da área da saúde, e tudo leva a crer que são portadores da síndrome de burnout.
Esta doença é mais comum que imaginamos, infelizmente é de difícil diagnóstico por parte dos Clínicos, que geralmente tratam as conseqüências sem ver necessariamente a causa.
terça-feira, 26 de abril de 2011
segunda-feira, 28 de março de 2011
Previdência
quinta-feira, 24 de março de 2011
Almas Fraturadas
MJC, 52 anos e KCC 22 anos, mãe e filha, ambas pacientes do CAPS, diagnosticadas como portadoras de esquizofrenia paranóide.
Vivem obsessivamente juntas, desconheço onde começa ou termina uma e a outra, elas são produto de uma argamassa fundida na fantasia, onde os ingredientes são varias personalidades alienadamente construídas sobre castelos, Guerrilhas ou acontecimentos políticos, evoluindo para delírios persecutórios e de grandeza.
Naquele momento em que os agentes da mistura são antagônicos, elas se tornam agressivas uma com a outra, podendo utilizar de violência física, partindo sempre da filha para mãe e nunca o contrário. Nota-se claramente o sentimento maternal de proteção MJC para com KCC em todas as ocasiões.
MJC chega suada e descontrolada para mim – Acabei de perder a Rede Record e estou em vias de perder também a Rede Globo, fui vitima de uma artimanha do meu irmão Luiz Henrique. (personagem fantasioso). Chora compulsivamente. -Ele faz parte do conselho da Escola onde a KCC estuda, (a filha tremendo de medo faz gestos de concordância com a fala da mãe)
- Conseguiu seqüestrar ela e tive que entregar tudo, ele persegue a menina e ela não pode mais voltar a estudar. Pude contatar Che (referindo ao revolucionário argentino Che Guevara), mas, ele nada pode fazer frente à campanha nazista que se instalou por aqui. Aviões já estão sobrevoando a cidade, médicos nazistas se encontram disfarçados neste local. São mandantes e capangas dos mandantes todas estas pessoas que você esta vendo no pátio.
A chefa dos capangas é aquela senhora (mostra a enfermeira da unidade), ela pensa que não sei. Agora vou por a boca no mundo, vou ate a radio FM e dizer tudo que sei.
Quando aqui vim morar, fui convidada pelo casal (segundo ela, esse casal que manda na cidade) para dirigir esse município, protegê-los dos mandantes e do crime organizado. Tenho um diário que me foi entregue, nele consta a vida de todos, inclusive a sua.
Não quero mais fazer parte desta trama. Vou almoçar tenho fome, comerei menos hoje em memória das vitimas do Japão. Quero limpar o mundo, me sinto sozinha, sozinha.