quinta-feira, 12 de junho de 2008


Quando me encara com essa boca


fico azul amarelado


me acompanha por entre a  multidão


e eu só solidão


escoro na parede molhada


encurto o caminho da volta


vou desvirtuando a noite


por entre as gargalhadas da rua


chuto o cão e viro  a lata


dou graças e te perdôo


mais uma vez.


Queria a tua distância


que me violenta e me castra


da felicidade


do encanto


de  ter sua boca


que me encara e não suplica. 

Um comentário:

  1. "sua boca / que me encara e não suplica."
    Lindos versos Alan, de paixão inesgotável.

    Grande abraço!

    ResponderExcluir