quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

o Pobre menino "D"

 



Sobre “D”
Portador de esquizofrenia, autismo, retardo mental e asma, 13 anos, não tem pai, mora com um irmão mais novo e a mãe, (que apresenta caráter duvidoso). Antes do tratamento costumava prender cachorros em casa, abria os animais com faca ainda vivos, tirava os órgãos e se lambuzava de sangue, não deixava cortar o cabelo nem as unhas, não se comunicava com ninguém se recusava a tomar medicamentos.
Tem ainda o costume de ficar na porta da casa onde mora com dois baldes de plástico, posicionando a mão em concha transfere água de um balde a outro sem descanso. Mesmo não estando nessa atividade à mão continua sempre em forma concha.
Ensinamentos de “D”:
“Tenho medo da noite, minha mãe sempre sai e não volta”.
“Tem noite que “V”, meu namorado, vem me visitar, ele é mal, me fere com um garfo”.
““V” às vezes é bonzinho, me dá banho me faz carinho e me coloca para dormir”.
“Gosto de vir aqui, tem comida e todo mundo gosta de mim”
“O papai Noel vai chegar à minha casa e trazer frango assado, pernil e pesente para todo mundo”
“Minha mãe não cuida de mim, não faz comida e sai toda noite.”


Obs. “D” após um ano de tratamento no CAPS comunica com alguns profissionais, concorda em fazer higiene pessoal e toma os medicamentos diariamente. (para que tome o medicamento é preciso que todos fechem os olhos ou escondam o rosto com as mãos.)


Absorto perante as declarações de “D” descobri  que “V” o namorado, realmente não existe, os cachorros que sacrificava, tinha relação com um cachorrinho de estimação que sua mãe possuiu. o qual enchia de carinho   e atenção. Talvez o fato de ele abrir os animais tentasse de alguma forma descobrir a  atenção da mãe.

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