segunda-feira, 9 de abril de 2012

CRIA VERGONHA SENHORA PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL!!!



1. Segundo Moreira Franco, ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República “o Brasil apresenta um déficit de quase 8 milhões de moradias, o País tem necessidade imediata de buscar a solução que permita atender a tal demanda. Essa quantidade de habitações a ser construída equivale a quase 15% do total de unidades existentes no território nacional (54,8 milhões).

A maior demanda por habitação está concentrada entre as famílias com renda inferior a dois salários mínimos (R$ 1.244). Hoje essas famílias representam 83% da necessidade habitacional no Brasil. A situação fica ainda mais difícil quando levamos em conta as projeções do IBGE: em 2050, o Brasil chegará a um déficit de 30 milhões de moradias. “Para zerar o déficit habitacional, seriam necessários investimentos de R$ 160 bilhões.”


2. De acordo com o jornal O Estado de São Paulo de hoje dia 09/04/2012, Um em cada três ministros recebe auxílio-moradia Benefício de até R$ 6.680 mensais não entra na conta do teto salarial de R$ 26,7 mil e ajuda a engordar rendimentos de 13 titulares da Esplanada. Aqueles que não recebem o “incentivo”, ocupam imóveis funcionais, ou seja, imóveis do próprio governo.

Ora se um ministro que ganha 26.000,00 mensais precisa de um incentivo para moradia de 6.680,00/mês, como ajudar um pai de família com renda inferior a dois salários mínimos, que representam 83% da habitacional do país?

3. Uma das maiores autoridades mundiais em moradia. Tanto que se tornou relatora especial para o Direito à Moradia da Organização das Nações Unidas (ONU). Sem meias palavras, Raquel Rolnik, arquiteta e urbanista da Universidade de São Paulo (USP) condena a política habitacional do País. Para ela, o Ministério das Cidades, onde trabalhou de 2003 a 2007, age de forma esquizofrênica e só pensa em resultados rápidos e quantitativos. A qualidade, como no plano Minha Casa Minha Vida, foi totalmente descartada. “Corre-se o risco de se criar guetos de pobres, com violência e sem acesso ao trabalho e à educação”. A alternativa que ela defende é a criação de um modelo de gestão democrática para além dos requisitos formais. O objetivo é incorporar a totalidade dos habitantes e moradores em uma condição de cidadania.

A auxiliar de limpeza Graça Alves moradora do terreno do Pinheirinho, em São José dos Campos, no interior de São Paulo, despejados pela Justiça no final de 2011 , na pressa, não conseguiu pegar seus animais. “Pegaram a gente de surpresa, foi um terror. Meu papagaio que estava há 18 anos comigo ficou para trás, meus três cachorros. Eu nem consegui dormir, ninguém dormiu”, contou ela, que passou a primeira noite fora de casa em uma igreja que acolheu as famílias. O terreno de 1,3 milhão de metros quadrados, localizado na zona sul de São José dos Campos, pertence à massa falida da empresa Selecta, do grupo de Naji Nahas, que entrou com o processo para a retirada das famílias na época da ocupação. As famílias ocuparam o Pinheirinho no dia 27 de fevereiro de 2004, após a expulsão violenta dos sem-teto que ocuparam um terreno no bairro Campo dos Alemães. Segundo nota do PSTU, a ameaça de despejo das famílias trata-se de “uma ação criminosa da prefeitura do município, que protela, há meses, a emissão do documento que já poderia ter permitido a implementação do acordo feito entre o Ministério das Cidades do governo federal e a CDHU do governo do Estado” para regularização da área.

Qual a diferença da necessidade e do direito a habitação do ministro do poder federal e da moradora do Pinheirinho?
Nenhuma diferença me vem na cabeça, porém as condições da conquista deste espaço são bem diferentes, se levar em conta o poder aquisitivo DE AMBOS.
A nossa Presidente foi uma líder estudantil de esquerda, que participou dos anos de chumbo da política brasileira defendendo o direito de igualdade dos cidadãos e nem assim ela consegue através de um raciocínio lógico enxergar ESSA SITUAÇÃO PERVERSA?

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