domingo, 9 de setembro de 2007

O Nascimento de um novo estado brasileiro

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Homens atiram contra trem com ministros
“O incidente ocorreu na manhã desta segunda 10/09/07, na favela do Jacarezinho, na zona norte da capital fluminense, quando as autoridades inspecionavam as obras de revitalização do acesso ferroviário à zona portuária”. (Estavam no trem os ministros dos Portos, Pedro Brito, e das Cidades, Márcio Fortes, e o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes.)
(fonte. Notícias Terra).
Comentário do Blog
Uma historia de séculos atrás
Segundo IBGE existem 513 favelas na região metropolitana do Rio de Janeiro, quantidade que no Brasil só perde para São Paulo capital com 612.
Antropólogos cariocas afirmam que o aparecimento das favelas deu inicio com a volta da melícia que lutara na Guerra de Canudos no final do século XIX, para o Rio de Janeiro. Estavam à espera do pagamento do governo pelo soldo que nunca chegou. Sem casa para moradia sem alimentação, em estado de miséria, passaram a construir choças com material que dispunha no ambiente, matavam a fome comendo favas, semente leguminosa que trouxeram em suas bagagens do nordeste, que eram plantadas ao redor dos barracos daí se deu o nome favela.
Outros garantem que o inicio se deu após a abolição dos escravos, os negros libertos se embrenhavam nos morros e sobreviviam em condições de miséria e abandono social.
Daquela data até os dias atuais, o contexto favela passou por variadas nuanças, época romântica do Samba do Morro, dos malandros e das cabrochas e os descendentes dos soldados de canudos ou dos negros libertados, agora somados aos dissidentes da miséria nordestina, ainda esperavam a indenização concernente à reparabilidade pelos danos provocados pela indiferença e a perversidade da historia.
A espera foi ignorada e somada a colossal gama de problemas sociais nutridos pela ingerência política no decorrer dos anos, ao fator globalização e deste o convite ao consumismo desenfreado, a oferta publicitária dos bens de consumo que delimitam e marginalizam entre os que possuem e os que não possuem.
Nossa geração presenciou o fenômeno do big-ben social – A instalação clara da geração de um ESTADO NOVO, brasileiro e paralelo – O estado do Morro oriundo dos gritos das favelas, – Suas leis são duras, suas normas de conduta, seu código penal, não são fundamentados em nada do que nós conhecíamos, acreditávamos, concebíamos como legal, moral ou probo, mas para quem agora dita as regras do jogo, são praticamente corretas e solidárias ao que os fizeram acreditar - O poder Financeiro – aquele que compra fuzis armas modernas, carros bacanas, contas no exterior, drogas, palacetes, viagens e todos os balangandans ditados pelo furor do consumismo da moda, isso financiado com fundos na própria sociedade que historicamente sempre os ignoraram, mas que agora os temem pelos atos perversos, atrozes e cruéis que utilizam para essa conquista.
Poder Financeiro que mata ou compra os próprios senhores fazedores de leis e promovedores  da paz do ESTADO ANTIGO; Poder herdado por tudo que não foi investido, por tudo que foi desviado e dado de comer e gozar aos homens do poder social e político.
E nós cidadãos probos do estado antigo, como vamos adequar ao Estado Novo.

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