domingo, 2 de setembro de 2007

orhan pamuk



categorias: literatura, cotidiano




Atualmente estou lendo o livro de O. Pamuk, escritor Turco e premio Nobel em 2006. - NEVE
Neve conta a história do poeta e jornalista Ka, um exilado político que vive na Alemanha, mas que volta para sua cidade natal na Turquia, chamada, vejam só: Kars (que significa Neve, em Turco).
Ka pretende escrever uma matéria sobre Kars para um popular jornal da Alemanha e também investigar o estranho aumento repentino de suicídios entre as jovens da cidade. Durante a viagem, ele lembra de uma antiga colega chamada Ïpek, uma moça divinamente bela, pela qual ele se apaixona em um piscar de olhos.
O conflito político e religioso é intenso e envolvente, ao mesmo tempo que mistura o romance entre Ïpek e Ka, impregnado com os valores quase exóticos da cultura oriental.
As duas facções principais são os islamitas radicais e os chamados secularistas (ou ateus), que inclusive estão disputando as eleições na cidade. A principal escola - a Escola Secundária - proíbe as moças de entrarem vestindo seus mantos, que são uma marca bem forte de sua religião. É a partir daí que se iniciam as especulações de Ka, que tenta entrevistar familiares das suicídas, apesar de não ter muito sucesso.
Fato interessante é que apesar de o livro tratar da religião islamita — na qual Deus se chama, na verdade, Alá — esse nome não aparece sequer uma vez no romance e também pouquíssimas vezes o nome do profeta Maomé é citado. Isso me levou a pensar se não foi um caso de censura da tradução — que partiu do Turco para o inglês e daí para as demais línguas. Será?
Gostaria de comentar com alguém que ja leu o livro.
Ferit Orhan Pamuk (Istambul, 7 de junho de 1952) é um escritor turco.
Nascido no seio de uma família rica de Istambul, estudou no estrangeiro Engenharia, Arquitetura e Jornalismo. Todavia, preferiu dedicar-se à Literatura, a partir de 1974.
O projecto teve continuidade até hoje e é tido como o maior romancista turco da atualidade, com obras traduzidas em mais de trinta idiomas.
Tornou-se polémico ao acusar, num artigo de um jornal suíço, por si escrito, seu país de ter cometido genocídio contra o povo armênio, aquando da decorrência da Primeira Guerra Mundial e o assassinato de 30 mil curdos, a posteriori. O caso foi levado à justiça turca, e Pamuk teve mesmo que prestar declarações em tribunal. Este caso teve polémica internacional e o romancista tornou-se conhecido um pouco por todo o mundo

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