terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Coco Chanel, o Nazismo e o Pretinho Básico

Gabrielle Chanel - ou Coco, "queridinha", nome que adotara quando cantava em cafés entre os anos de 1905 e 1908 - já era bastante conhecida quando, martelando as botas no famoso passo de ganso, as tropas do Führer cruzaram o Arco do Triunfo, em Paris. Os chapéus, o look masculino, as roupas confortáveis e o famoso "pretinho básico", tudo recendendo ao perfume Chanel no 5, lançado em 1922, a tinham consagrado. Mas foi durante a Segunda Guerra que seu papel chamou a atenção dos historiadores. Foi quando a já famosa estilista ligou-se, como tantos franceses, aos alemães. Tal tipo de ligação ao longo dos anos ficou conhecida como "colaboração".
 Mas o mais impressionatnte de tudo foi mesmo a colaboração de artistas e intelectuais - justamente o circuito em que Coco Chanel se movimentava, ela que era amiga de gente como o compositor Igor Stravinsky, o pintor Pablo Picasso e o bailarino Vaslav Nijinski. Com a derrota dos nazistas, Chanel foi capturada e escapou por pouco. Malquista na França, teve de se esconder na Suíça, de onde só 
regressou em 1956. 
A moda mudara e se endeusava o "new look" de Christian Dior. Seu concorrente resolveu feminilizar as mulheres, em oposição ao look masculino de Chanel , contudo, as americanas continuavam apaixonadas por seus "pretinhos básicos". Jacqueline Kennedy usava um tailleur assinado por ela no dia em que John Kennedy foi assassinado.
Coco Chanel, autora de frases inteligentes como:
  • “Moda é arquitectura: é uma questão de proporções.”
  • “Uma mulher possui a idade que merece.”
  • “Quem não gosta de estar consigo mesmo em geral está certo.”
  • “Não há tempo para a monotonia do previsível. Há tempo para o trabalho. E tempo para o amor. Isso nos toma todo o tempo.”
  • “Já que tudo está na nossa cabeça, é melhor a gente não perdê-la.”
  • “Meus amigos, não tenho amigos.”
  • “A lenda é a consagração da celebridade.”
  • “Onde uma mulher deve usar perfume?” – perguntou-me uma moça. ‘Onde ela quiser ser beijada’, eu respondi.”
  • “O luxo precisa ser confortável, senão não é luxo.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário